Agência BrasilDestaque

Ex-policial Ronnie Lessa afirma não ter tido intenção de matar motorista de Marielle Franco durante depoimento no STF.

No terceiro dia de depoimento virtual no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-policial militar Ronnie Lessa fez uma declaração surpreendente. Réu confesso dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, Lessa afirmou que sua intenção não era matar o motorista, mas sim atingir somente a vereadora. De acordo com o acusado, Fernanda Chaves, assessora de Marielle, também estava no carro, mas sobreviveu ao atentado.

Durante o depoimento, Lessa explicou que usou uma submetralhadora HK para executar Marielle, o que acabou resultando na morte do motorista. Segundo as investigações, a arma foi fornecida por Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão. Lessa afirmou que não tinha a intenção de atingir a sobrevivente e que acredita que os tiros que atingiram Anderson passaram pela Marielle.

O processo envolve diversos réus, incluindo o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, seu irmão Chiquinho Brazão, deputado federal, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos são acusados de homicídio e organização criminosa e encontram-se detidos.

Ao todo, cerca de 70 testemunhas devem ser ouvidas durante a ação penal. Os depoimentos dos réus estão previstos para ocorrer apenas no final do processo. No segundo dia de depoimento, Lessa também revelou que foi informado antecipadamente sobre a operação policial que resultou em sua prisão e que o assassinato de Marielle foi planejado de forma a não parecer um crime político, evitando a intervenção da Polícia Federal no caso. É importante ressaltar a complexidade e detalhes do caso que tem chamado a atenção da mídia nacional.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo