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A empresa americana Marathon Digital, sócia da Penguin, é o peso pesado do setor, que já investiu US$ 30 milhões (R$ 165 milhões) na fábrica de Hernandarias.
Além dessas empresas, prosperam dezenas de criptomineradoras ilegais que vampirizam a energia paraguaia e contra as quais, segundo Penguin, as autoridades lutam fracamente.
No final de maio, policiais e agentes da Administração Nacional de Energia Elétrica (Ande) apreenderam, em uma dessas fazendas clandestinas de criptomoedas em Saltos de Guaira (sul), mais de 2.700 computadores e cinco transformadores, a maior apreensão até hoje.
Na semana passada, quase 700 computadores e um transformador foram apreendidos em uma fazenda em Hernandarias que consumia o equivalente a US$ 60 mil (R$ 331 mil) por mês em eletricidade.
A Ande admite uma perda de 28% da eletricidade que gera, por diversas causas, incluindo a mineração ilegal.
– Ladrões protegidos? –
Salyn Buzarkis, deputado do Partido Liberal, da oposição, está convencido: “As criptomineradoras ilegais são protegidas pelos funcionários”, acusa, referindo-se explicitamente aos “subornos” que os trabalhadores estatais estariam recebendo.
Nos últimos meses, o Paraguai tem enfrentado desafios significativos relacionados à mineração ilegal de criptomoedas. A empresa Marathon Digital, em parceria com a Penguin, destaca-se como líder do setor, com um investimento expressivo na fábrica de Hernandarias.
No entanto, o país também enfrenta a atuação de várias criptomineradoras ilegais, que consomem grande quantidade de energia paraguaia sem autorização. Em uma operação recente, autoridades apreenderam milhares de equipamentos em fazendas clandestinas, evidenciando a extensão do problema.
A Administração Nacional de Energia Elétrica (Ande) revelou que cerca de 28% da eletricidade gerada no país é perdida, em parte devido à mineração ilegal. Essa situação levanta questionamentos sobre a eficácia das autoridades para combater essa prática ilegal.
Investigações e denúncias
O deputado Salyn Buzarkis, do Partido Liberal, acusa funcionários estatais de protegerem as criptomineradoras ilegais, insinuando que subornos podem estar envolvidos. Essas denúncias são preocupantes e levantam questões sobre a integridade do sistema e da fiscalização no país.