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Setor de serviços não financeiros atinge recorde de 14,2 milhões de ocupados em 2022, revela pesquisa do IBGE.

O setor de serviços não financeiros registrou um marco histórico em 2022, com um contingente de 14,2 milhões de pessoas ocupadas. Essa marca representa um aumento de 13,9% em relação a 2013 e um crescimento de 5,8% em comparação com o ano anterior. Desde 2007, início da série histórica, nunca houve tantas pessoas empregadas nesse setor.

De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28), cinco atividades concentraram quase metade das pessoas ocupadas no setor de serviços: Serviços de alimentação, Serviços técnico-profissionais, Transporte rodoviário de cargas, Serviços para edifícios e atividades paisagísticas, e Serviços de escritório e apoio administrativo.

Marcelo Miranda, analista da PAS, destacou que as 14,2 milhões de pessoas ocupadas receberam um total de R$ 518 bilhões em salários e remunerações. Esses trabalhadores atuavam em cerca de 1,6 milhão de empresas que geraram uma receita operacional líquida de R$ 2,7 trilhões e um valor adicionado bruto de R$ 1,5 trilhão. Esses números ressaltam a importância do setor de serviços para a economia do país.

O segmento de Serviços prestados às famílias registrou uma redução de 3,2% no número de empregos, o que representa 92,4 mil pessoas a menos. Isso foi atribuído ao período de pandemia, quando atividades presenciais como restaurantes e hotelaria foram fortemente afetadas. No entanto, o setor vem apresentando sinais de recuperação nos últimos anos.

Em termos de remuneração média, os trabalhadores do setor de serviços receberam em média 2,3 salários mínimos mensais em 2022. Os menores salários foram observados no segmento de Serviços prestados principalmente às famílias, enquanto os maiores estavam no segmento de Serviços de informação e comunicação. A Região Sudeste foi a que apresentou a maior remuneração média, enquanto o Nordeste registrou os menores salários.

No que diz respeito à receita operacional líquida, o segmento de Serviços de informação e comunicação foi o que mais perdeu participação nos últimos 10 anos, enquanto o segmento de Outras atividades de serviços foi o que mais cresceu. O setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio foi o mais representativo em 2022, respondendo por 29,8% da receita operacional líquida do setor de serviços.

A PAS também revelou que a concentração de mercado nas oito maiores empresas do setor de serviços diminuiu de 9,5% para 6,8% em 10 anos. A Região Sudeste concentrou a maior parte da receita bruta de serviços do país, enquanto o Nordeste apresentou os menores salários médios.

No contexto macroeconômico, o desempenho do setor de serviços refletiu a melhora nos indicadores econômicos, como a redução do desemprego e o crescimento do PIB. A PAS 2022 destacou a importância de setores como Transportes e Tecnologia da Informação na recuperação econômica do país. A pesquisa não considerou os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul recentemente, pois os dados analisados vão somente até 2022.

Em resumo, o setor de serviços não financeiros apresentou recordes de emprego em 2022, demonstrando sua relevância para a economia brasileira e sua capacidade de se adaptar a crises como a pandemia, evidenciando seu papel fundamental na geração de emprego e renda para milhões de brasileiros.

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