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Presidente Lula indica economista Gabriel Galípolo para comandar Banco Central; substituição de Campos Neto gera expectativas no Senado.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta quarta-feira (28) a indicação do economista Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central (BC), em substituição a Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra ainda este ano. A decisão foi comunicada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que destacou a importância da indicação de Galípolo para o cargo.

Para que a nomeação de Galípolo seja efetivada, é necessário que a mesma seja aprovada pelo Senado. Segundo Haddad, o governo está em contato com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para definir a melhor data para a sabatina do indicado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, passou por sabatina na CAE e teve sua indicação confirmada pelo Plenário do Senado em julho de 2023. Além disso, ele já atuou como secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Haddad, o que reforça sua experiência na área econômica.

Desafios e propostas

A gestão de Roberto Campos Neto foi marcada pela implementação da lei da autonomia do Banco Central, promulgada em 2021, que garantiu mandatos de quatro anos para o presidente e diretores do órgão. Entretanto, durante a gestão de Campos Neto, as políticas de juros foram alvo de críticas, sendo consideradas altas por alguns setores da sociedade.

No Senado, está em tramitação a PEC 65/2023, que propõe transformar o Banco Central em uma empresa pública e garantir ainda mais independência em relação ao Executivo. O senador Vanderlan Cardoso é o primeiro signatário da proposta, que já recebeu apoio do relator, Plínio Valério. No entanto, o senador Rogério Carvalho apresentou um relatório alternativo contrário à PEC.

Na Câmara dos Deputados, o PLP 19/2023, de autoria do deputado Guilherme Boulos, visa revogar a autonomia do Banco Central. O projeto está em análise na Comissão de Finanças e Tributação da casa e gera discussões sobre o papel e a independência do BC no atual cenário econômico do país.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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