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“Longlegs – Vínculo Mortal”: Perkins busca ampliar seu escopo artístico em suspense policial com elementos contemporâneos e atmosfera perturbadora.



Longlegs: O Vínculo Mortal

A relação entre o filme “Longlegs – Vínculo Mortal” e seu material fílmico é explorada de forma intensa, assim como a protagonista, a agente do FBI Lee Harker, interpretada por Maika Monroe, que se depara com um psicopata e também lida com seus próprios demônios pessoais. O diretor Osgood Perkins, conhecido por obras como “A Enviada do Mal” e “Maria e João”, busca ampliar seu escopo artístico nesse novo projeto.

Perkins, que também assina o roteiro, incorpora elementos de suspense policial dos anos 90, referências ao “pânico satânico” dos anos 70 e uma narrativa similar à série “True Detective”. Apesar de se passar nos anos 90, o filme traz questões contemporâneas, especialmente relacionadas ao desenvolvimento da personagem de Lee Harker.

O diretor se destaca na construção de atmosfera, criando um clima opressivo que permeia toda a trama. No entanto, o excesso de elementos narrativos pode comprometer o equilíbrio da história, tornando previsíveis algumas reviravoltas. A presença de Nicolas Cage no elenco traz uma camada adicional de complexidade à trama, ampliando o impacto visual e sonoro do filme.

O grande destaque de “Longlegs” é o psicopata, interpretado por Cage, que se torna a figura central do terror do filme. Sua presença assombrosa e enigmática contrasta com a complexidade da personagem de Lee Harker, podendo até fazer com que o excesso de trama ao redor dela pareça supérfluo.

No desenrolar da história, Perkins explora as relações entre o psicopata e a protagonista, criando uma tensão similar a clássicos como “O Silêncio dos Inocentes” e “Seven”. A ameaça representada por Longlegs se destaca como o elemento central do filme, mantendo o espectador intrigado e hipnotizado ao longo da narrativa.


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