Licença ambiental parcial da hidrovia Araguaia-Tocantins é questionada em debate na Comissão de Meio Ambiente.
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A Comissão de Meio Ambiente (CMA) realizou uma importante discussão nesta quarta-feira (28) sobre o impacto da implantação da hidrovia Araguaia-Tocantins (Req. 36/2024 CMA). O foco da reunião foi uma ação civil pública que solicita a anulação da licença ambiental parcial concedida em 2022 para o derrocamento do Pedral do Lourenço, trecho de 43 km localizado entre o lago da represa de Tucuruí e a cidade de Marabá (PA). Essa obra tem gerado preocupações devido aos problemas que pode acarretar para a navegação comercial de grande porte durante o período de seca da região.
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), responsável por solicitar o debate, alerta para os riscos que a hidrovia representa para a sobrevivência do rio Araguaia. Segundo ele, a implementação desse projeto pode trazer sérias consequências ambientais e afetar de forma significativa a fauna e flora local, além de comprometer o abastecimento de água para as populações ribeirinhas.
Durante a reunião, especialistas presentes destacaram a importância de avaliar cuidadosamente os impactos ambientais e sociais antes de prosseguir com a hidrovia. A preocupação com a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade da região foi ressaltada como prioridade pelos participantes do encontro.
Diante desse cenário, a Comissão de Meio Ambiente se comprometeu a acompanhar de perto as discussões e ações relacionadas à hidrovia Araguaia-Tocantins, garantindo que os devidos estudos e análises sejam realizados para mitigar possíveis danos ao meio ambiente. A busca por soluções que conciliem o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental foi destacada como fundamental para garantir um futuro sustentável para a região.