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Indicação de Gabriel Galípolo para presidir Banco Central gera polêmica e debate sobre autonomia da instituição.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou hoje a indicação do economista Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central (BC). Galípolo irá substituir Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no final deste ano. O anúncio oficial foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um pronunciamento realizado nesta manhã.

Antes de assumir o cargo, a indicação de Galípolo precisa passar pelo Senado Federal. Segundo Haddad, o governo irá negociar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a melhor data para realização da sabatina do indicado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Com uma carreira sólida no setor financeiro, Galípolo atua atualmente como diretor de Política Monetária do próprio Banco Central. Sua indicação anterior, em julho de 2023, foi aprovada após passar pela sabatina na CAE e pela votação no Plenário do Senado. Ele também ocupou o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Haddad, o que lhe trouxe experiência relevante para a posição que irá assumir.

Desafios e Políticas

Campos Neto, que está no comando do BC desde o início do governo de Jair Bolsonaro, foi responsável por implementar a lei da autonomia do Banco Central, que garantiu mandatos de quatro anos para o presidente e diretores da instituição. Durante sua gestão, no entanto, a política de juros foi alvo de críticas, sendo considerada por alguns como muito rígida.

No Congresso, há debates em andamento sobre o futuro da autonomia do Banco Central. Um projeto na Câmara dos Deputados propõe revogar a autonomia conferida à instituição, enquanto no Senado existe uma proposta de emenda constitucional que visa fortalecer a independência financeira e orçamentária do BC, transformando-o em uma empresa pública e aumentando sua autonomia em relação ao Executivo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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