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Exploração de migrantes argentinos em atividade de extração de madeira revela condições de escravidão contemporânea no Brasil.




Operação resgata migrantes argentinos em condições de trabalho degradantes no Brasil

Operação resgata migrantes argentinos em condições de trabalho degradantes no Brasil

Uma operação realizada recentemente resgatou trabalhadores argentinos que estavam em situações precárias e degradantes em uma propriedade no Brasil. Segundo informações da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Franciele D’Ambros, a região onde esses migrantes estavam envolvidos com a extração de madeira é conhecida por casos como esse.

De acordo com a procuradora, os empregadores costumam buscar os trabalhadores do outro lado da fronteira e depois os colocam em condições desumanas. Um dos trabalhadores resgatados estava na propriedade desde maio e teve a passagem para o Brasil descontada de seu salário, o que é ilegal.

Os trabalhadores estavam em uma situação de total informalidade, sem autorização para trabalhar e sem carteira assinada. Durante a fiscalização, foram identificadas condições degradantes de trabalho, o que configura um dos elementos da escravidão contemporânea no país, de acordo com o artigo 149 do Código Penal.

A procuradora relata que um dos trabalhadores estava em um anexo improvisado de um galpão, sem condições mínimas de higiene e conforto. Outros três estavam alojados em uma casa abandonada, sem água e sem equipamentos de proteção individual.

Essa operação serve como um alerta para a necessidade de fiscalização constante e rigorosa para evitar abusos e violações dos direitos trabalhistas, especialmente em casos envolvendo migrantes e trabalhadores em situação de vulnerabilidade. As autoridades competentes devem atuar de forma eficaz para garantir que todos os trabalhadores tenham condições dignas de trabalho.


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