O presidente da Ucrânia ressaltou a importância da democracia no Brasil em comparação a outros países signatários da carta. Zelensky questionou se a China, Irã e Coreia do Norte são democracias, destacando que o Brasil, como uma grande nação democrática, deveria se posicionar de forma diferente. Ele expressou sua incompreensão com a aliança, enfatizando que a situação envolve uma questão de guerra, não apenas relações econômicas.
O presidente também criticou o que chamou de “plano chinês,” considerando-o apenas uma declaração política sem efeitos concretos. Zelensky ressaltou a importância de propostas honestas e concretas para pôr fim ao conflito, destacando a necessidade de união para alcançar a paz.
Brasil assinou carta com China em maio
Em maio deste ano, o Brasil assinou um plano conjunto com a China buscando a desescalada da guerra entre Rússia e Ucrânia. O governo brasileiro acredita que, devido às alianças entre os presidentes Xi Jinping e Putin, Pequim tem a influência necessária para negociar a paz e encerrar o conflito.
Em comunicado conjunto, Brasil e China afirmaram que “tiveram uma profunda troca de pontos de vista sobre a promoção de uma solução política para a crise na Ucrânia e o apelo pela desescalada da situação.” A resolução inclui a realização de uma conferência de paz com russos e ucranianos, a troca de prisioneiros, o repúdio ao uso de armas nucleares e a evitação da divisão do mundo em blocos.
Zelensky tem pressionado publicamente o presidente brasileiro Lula desde que assumiu o governo. O Itamaraty tem evitado se posicionar claramente, optando pelo diálogo, o que tem gerado descontentamento por parte do líder ucraniano.
