Em 2023, 44 agentes de segurança foram mortos e 56 ficaram feridos no Rio de Janeiro.

De acordo com o levantamento do instituto, os policiais militares foram os mais atingidos, representando 77% dos agentes baleados. Ao todo, 33 policiais militares perderam a vida e 44 ficaram feridos no período analisado. Carlos Nhanga, coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado, ressaltou a importância de políticas de preservação da vida dos agentes de segurança, afirmando que o foco do Estado deveria ser a inteligência, não o confronto.
Os números também revelam outras tragédias: um policial civil foi morto e seis ficaram feridos, além de quatro militares do Exército que perderam a vida e um que ficou ferido. Dois policiais penais foram mortos e três foram feridos, enquanto dois militares do Corpo de Bombeiros foram mortos. Uma guarda municipal perdeu a vida e outro ficou ferido. Além disso, um militar da Aeronáutica foi morto e um policial rodoviário federal foi baleado.
É importante destacar que a maioria dos agentes baleados estava de folga (24 mortos e 21 feridos) ou já havia se aposentado ou sido exonerado do cargo (10 mortos e dois feridos). Outros três agentes mortos e dois feridos não tiveram seu status de serviço revelado. Esses dados são preocupantes, pois evidenciam a vulnerabilidade dos agentes de segurança mesmo quando estão fora do horário de trabalho.
Carlos Nhanga também ressaltou a ausência de estatísticas oficiais sobre o número de agentes vítimas de violência fora do horário de trabalho. Ele enfatizou a importância dessas informações para compreender o contexto da violência que atinge esses agentes quando não estão em serviço.
A situação alarmante no Rio de Janeiro exige ações imediatas do Estado para garantir a segurança e preservar a vida dos agentes de segurança. É necessário investir em inteligência, fortalecer as políticas de proteção e traçar estratégias eficazes para enfrentar a criminalidade e reduzir esses números trágicos. A segurança pública deve ser uma prioridade, não só para a proteção desses profissionais, mas também para assegurar a tranquilidade e o bem-estar da população.