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Em 2023, 44 agentes de segurança foram mortos e 56 ficaram feridos no Rio de Janeiro.

Desde o início de 2023, a região metropolitana do Rio de Janeiro enfrentou uma preocupante onda de violência contra os agentes de segurança pública. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, 100 agentes foram baleados, resultando em 44 mortes e 56 feridos. O caso mais recente ocorreu em 9 de janeiro, quando um policial militar de folga foi atingido durante uma tentativa de assalto na Avenida Brasil, na zona norte da cidade. Esses números alarmantes mostram que, em média, um agente é baleado a cada dois dias no Rio de Janeiro. No ano anterior, essa marca só foi atingida no dia 7 de setembro.

De acordo com o levantamento do instituto, os policiais militares foram os mais atingidos, representando 77% dos agentes baleados. Ao todo, 33 policiais militares perderam a vida e 44 ficaram feridos no período analisado. Carlos Nhanga, coordenador regional do Instituto Fogo Cruzado, ressaltou a importância de políticas de preservação da vida dos agentes de segurança, afirmando que o foco do Estado deveria ser a inteligência, não o confronto.

Os números também revelam outras tragédias: um policial civil foi morto e seis ficaram feridos, além de quatro militares do Exército que perderam a vida e um que ficou ferido. Dois policiais penais foram mortos e três foram feridos, enquanto dois militares do Corpo de Bombeiros foram mortos. Uma guarda municipal perdeu a vida e outro ficou ferido. Além disso, um militar da Aeronáutica foi morto e um policial rodoviário federal foi baleado.

É importante destacar que a maioria dos agentes baleados estava de folga (24 mortos e 21 feridos) ou já havia se aposentado ou sido exonerado do cargo (10 mortos e dois feridos). Outros três agentes mortos e dois feridos não tiveram seu status de serviço revelado. Esses dados são preocupantes, pois evidenciam a vulnerabilidade dos agentes de segurança mesmo quando estão fora do horário de trabalho.

Carlos Nhanga também ressaltou a ausência de estatísticas oficiais sobre o número de agentes vítimas de violência fora do horário de trabalho. Ele enfatizou a importância dessas informações para compreender o contexto da violência que atinge esses agentes quando não estão em serviço.

A situação alarmante no Rio de Janeiro exige ações imediatas do Estado para garantir a segurança e preservar a vida dos agentes de segurança. É necessário investir em inteligência, fortalecer as políticas de proteção e traçar estratégias eficazes para enfrentar a criminalidade e reduzir esses números trágicos. A segurança pública deve ser uma prioridade, não só para a proteção desses profissionais, mas também para assegurar a tranquilidade e o bem-estar da população.

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