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Caso segue com Moraes. Nesta terça-feira, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, negou o pedido da defesa de Tagliaferro para que Moraes fosse considerado impedido de conduzir o caso.
Apreensão solicitada por PF e PGR
Decisão de apreensão atendeu a pedido da PF e da PGR. Tagliaferro depôs na quinta passada à Polícia Federal em São Paulo e, segundo a PF, se negou a entregar seu aparelho celular para a perícia. Para a delegada Luciana Matutino Caires, responsável pelo caso, é necessária a análise dos arquivos e comunicações que possam estar no celular de Tagliaferro para elucidar os fatos. O aparelho foi apreendido no final da oitiva na PF.
Defesa classificou apreensão como incomum. O advogado de Tagliaferro, Eduardo Kuntz, classificou a medida como “abuso de autoridade” e “excesso de poder”, já que seu cliente prestou depoimento como testemunha.
Inquérito foi aberto após revelações da Folha de S.Paulo. Polícia Federal investiga possível crime de violação de segredo funcional e tenta identificar quem teria vazado as conversas entre Tagliaferro e Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete de Alexandre de Moraes. O próprio Moraes apontou, a partir de postagens nas redes e de matérias veiculadas na imprensa que embasaram a abertura do inquérito, para a existência de uma suposta organização criminosa que teria interesse em atacar as instituições ao vazar as conversas.
À PF, ex-auxiliar disse que aparelho celular foi ‘corrompido’. Em um depoimento de cerca de duas horas, Tagliaferro disse que entregou o aparelho na delegacia de Caieiras (Grande SP), onde foi detido em 9 de maio do ano passado, e que recebeu o aparelho seis dias depois “corrompido”, com problemas com a bateria, por exemplo, e diferente do que era quando foi apreendido.
Após solicitação da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), o juiz Alexandre de Moraes segue à frente do caso envolvendo Tagliaferro. Na última terça-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, indeferiu o pedido da defesa do investigado para que Moraes fosse considerado impedido de conduzir o processo.
A apreensão do celular de Tagliaferro foi autorizada devido à negativa do mesmo em entregá-lo para perícia durante seu depoimento à PF em São Paulo. A delegada Luciana Matutino Caires, responsável pelo caso, explicou que a análise dos arquivos e comunicações do aparelho é essencial para a investigação. A defesa do investigado, representada pelo advogado Eduardo Kuntz, considerou a apreensão como um ato incomum e afirmou que Tagliaferro havia comparecido à PF apenas como testemunha.
O inquérito foi instaurado após as revelações feitas pela Folha de S.Paulo. A PF está apurando a possibilidade de crime de violação de segredo funcional e busca identificar a fonte responsável pelo vazamento das conversas entre Tagliaferro e Airton Vieira, juiz auxiliar do gabinete de Moraes. O próprio ministro pontuou a existência de uma suposta organização criminosa, com base em publicações na imprensa, que teria interesse em prejudicar as instituições ao divulgar tais diálogos.
Em seu depoimento à PF, Tagliaferro alegou que o seu celular teria sido danificado enquanto sob a guarda da delegacia de Caieiras, onde foi detido em maio do ano passado. Ele relatou que, ao receber o aparelho de volta, percebeu alterações em seu funcionamento, como problemas na bateria e mudanças em seu estado original.