IPCA-15 de agosto tem taxa de 0,19%, a menor desde 2019, aponta IBGE

No mês de agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou uma variação de 0,19%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (27). Este resultado representa uma queda em relação aos índices registrados no mês de julho deste ano (0,30%) e no mesmo período do ano passado (0,28%).

Ao longo dos oito primeiros meses de 2023, o IPCA-15 acumulou uma taxa de 3,02%, e nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,35%. Entretanto, ao comparar este último período com os 12 meses anteriores, registrou-se uma diminuição de 0,10%, sendo que de agosto de 2022 a julho deste ano, a inflação ficou em 4,45%.

Dentre os nove grupos de despesas pesquisados pelo IBGE, o destaque ficou para o aumento dos preços no setor de transportes, com uma variação de 0,83%, sendo este o maior impacto no IPCA-15 do período. As altas foram impulsionadas pelos aumentos nos preços da gasolina (3,33%), combustíveis (3,47%), etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%).

Por outro lado, a única classe de despesas que apresentou deflação foi a de alimentos, com uma queda de 0,8%. Itens como tomate (-26,59%), batata-inglesa (-13,13%) e cebola (-11,22%) contribuíram para essa variação negativa, enquanto a refeição fora do domicílio teve uma inflação de 0,49%.

Os demais grupos de despesas registraram as seguintes taxas de inflação: educação (0,75%), artigos de residência (0,71%), despesas pessoais (0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,27%), habitação (0,18%), comunicação (0,09%) e vestuário (0,09%). Esse panorama evidencia a complexidade do cenário econômico atual e os desafios enfrentados pelos consumidores diante das oscilações nos preços.