Governo de Rondônia decreta situação de emergência por incêndios florestais e alerta para riscos ambientais e econômicos crescentes.
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Este ano, Rondônia já contabiliza um total de 4.887 focos de incêndio, sendo 4.197 registrados em áreas urbanas e 690 em áreas de conservação, resultando na destruição de 107.216 hectares de floresta. Esses números representam o dobro do que foi observado no ano anterior, evidenciando a gravidade da situação.
A escassez de chuvas na região é um dos principais motivos para a proliferação dos incêndios e a tendência é que esse cenário perdure pelos próximos três meses. A seca intensa tem causado a redução drástica no nível dos rios e na umidade do ar, aumentando significativamente os riscos de incêndios florestais e queimadas.
Dados apontam para um aumento de 43,2% nos focos de calor na Amazônia em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo Rondônia uma das áreas mais afetadas, com um incremento de 23,7% nos incêndios somente no mês de agosto. O governo estadual considerou aspectos como os prejuízos econômicos e sociais à população impactada, as dificuldades de acesso das equipes de combate aos focos de incêndio e a drástica redução no nível do Rio Madeira.
A declaração de emergência foi tomada diante do agravamento da situação, que afeta não apenas as populações urbanas e rurais, mas também a biodiversidade e as atividades econômicas da região. O decreto entra em vigor imediatamente e terá validade pelos próximos 180 dias, visando intensificar e coordenar os esforços para conter os incêndios e minimizar os impactos para a população e o meio ambiente.