Governador do Pará decreta estado de emergência devido aos focos de queimadas no estado, proibindo uso de fogo para limpeza e manejo.

Com a proibição em vigor, exceto para casos de agricultura de subsistência de populações tradicionais e indígenas, controle fitossanitário e pesquisas científicas autorizadas por órgãos ambientais, o governador estabeleceu sanções penais, administrativas e civis para quem desrespeitar as determinações estabelecidas no decreto, que terá validade por 180 dias.
O embasamento técnico para a decisão de Barbalho veio de notas emitidas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas). Esses órgãos alertaram sobre a escassez de chuvas no estado e os impactos do fenômeno La Niña neste ano, que têm contribuído para a intensificação dos incêndios florestais.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará já registrou um alarmante número de 14.7 mil focos de queimadas nos primeiros oito meses deste ano. Esses dados refletem a urgência da ação governamental para conter a destruição ambiental causada pelas chamas que estão devastando vastas áreas do estado.
Diante desse cenário preocupante, a população e as autoridades locais esperam que as medidas emergenciais adotadas pelo governador Barbalho sejam eficazes para controlar a situação e impedir danos irreversíveis ao meio ambiente e à saúde da população. O apoio da sociedade civil e a conscientização sobre a importância da preservação ambiental se fazem ainda mais necessários nesse momento crítico.