
Os ataques criminosos se intensificaram ao longo do dia, com o registro de pelo menos 36 ônibus incendiados. Até o momento, não há informações sobre vítimas fatais ou ferimentos decorrentes dessas ações. Diante desse cenário de violência, a prefeitura decretou estágio de atenção na capital fluminense.
Segundo informações fornecidas pela SuperVia, concessionária responsável pelo transporte ferroviário no Rio de Janeiro, o trem foi abordado por criminosos por volta das 18h04, próximo à estação de Tancredo Neves. Nesse momento, o maquinista foi obrigado a deixar o veículo e retornar à estação. Posteriormente, os criminosos atearam fogo à cabine do trem. No entanto, todos os passageiros conseguiram desembarcar em segurança.
Por medida de segurança, as estações situadas entre Benjamim do Monte e Santa Cruz foram fechadas. A SuperVia informou que está atuando em conjunto com as forças policiais para garantir a segurança de seus colaboradores e passageiros.
A resposta do governo às ocorrências já começou, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que 12 pessoas foram presas por “ações terroristas” ao incendiarem ônibus. Segundo ele, esses criminosos serão encaminhados imediatamente para presídios federais por estarem envolvidos em ações terroristas.
Os ataques são uma resposta à morte de Matheus da Silva Resende, conhecido como Teteu ou Faustão, vice-líder de uma quadrilha de milicianos. Ele foi morto durante um confronto com policiais civis na favela de Santa Cruz. Teteu era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho, líder do principal grupo miliciano do Rio de Janeiro.
Como consequência dos ataques, as aulas nas escolas da rede municipal de ensino da cidade foram suspensas. O município entrou em estágio de atenção, significando que uma ou mais ocorrências já impactam a rotina de parte da população.
Dada a gravidade da situação, a possibilidade de envio das Forças Armadas para auxiliar no combate à criminalidade no Rio de Janeiro tem sido discutida pelo governo estadual com o governo federal. Os ataques ocorrem em um momento em que a Força Nacional de Segurança Pública, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal foram deslocadas para o Rio para apoiar as forças locais.