O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, desembarcou em Pequim no início da tarde desta terça-feira (madrugada de terça em Brasília) para uma série de conversas com o ministro do Exterior da China, Wang Yi. A rede de televisão chinesa CCTV acompanhou o desembarque e o primeiro encontro dos dois, classificando a visita como um “movimento importante” para uma “nova rodada de comunicação estratégica”.

Apesar disso, as expectativas em relação a resultados concretos são baixas, considerando as rodadas anteriores ocorridas desde maio do ano passado na Áustria, Malta e Tailândia. Há especulações de que um possível encontro entre os líderes Joe Biden e Xi Jinping possa ser acertado para os próximos meses, seja na cúpula da Apec (no Peru) ou do G20 (no Brasil, em novembro).

Tanto Pequim quanto Washington buscam transmitir confiança, com Wang esperando por uma comunicação “substancial como sempre” e Sullivan ressaltando o comprometimento dos EUA em administrar a relação de maneira responsável.

Um dos temas centrais das discussões é Taiwan, considerado pela China como uma “linha vermelha” que não deve ser cruzada. Além disso, questões econômicas e geopolíticas, como o apoio chinês à Rússia na Guerra da Ucrânia e disputas territoriais com as Filipinas, também estão em pauta.

A visita de Sullivan foi precedida por especulações sobre seu possível substituto, caso Kamala Harris, vice-presidente de Biden, seja eleita em novembro. O nome mais mencionado é o de Philip Gordon, atual assessor de Segurança Nacional de Harris.

A chancelaria chinesa também defendeu a ampliação do apoio à proposta de paz para a Guerra da Ucrânia apresentada pela China em parceria com o Brasil há três meses. O enfoque é uma solução política através do diálogo e da negociação.