Na última semana, a campanha de Pablo Marçal (PRTB) estabeleceu uma importante conexão com lideranças bolsonaristas, buscando unificar a chamada direita em torno do ex-coach em São Paulo. Emissários, como Filipe Sabará, estão engajados em manter diálogos intensos com parlamentares e dirigentes políticos ligados a Jair Bolsonaro (PL).
A estratégia é atrair grandes estrelas bolsonaristas para declararem apoio a Marçal, saindo do campo do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e migrando para o empresário. O objetivo final seria trazer a própria família de Jair Bolsonaro para a campanha ou, ao menos, mantê-la afastada da campanha de Nunes.
Os argumentos em favor da adesão a Marçal são variados. Alguns defendem que com o ex-coach, a direita poderia assumir o controle de São Paulo sem depender de políticos do centrão ou do MDB, como é o caso de Nunes. Além disso, alegam que Marçal não tem interesse em cargos parlamentares, afastando o risco de competir com Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelo Senado em 2026.
O único receio seria a possibilidade de Marçal se candidatar à presidência em 2026, mas ele tem assegurado que não o faria caso Bolsonaro também se candidatasse. A família Bolsonaro chegou a atacar Marçal na semana passada, mas recuou devido à pressão dos seguidores bolsonaristas nas redes sociais, que defendem o apoio ao empresário.
Esta foi a primeira vez que uma investida da família contra um político de direita não surtiu efeito, ao contrário de situações anteriores envolvendo outros políticos. Nesta semana, Bolsonaro e seus filhos recuaram das críticas, como revelado pela coluna.
DESENHO
Além disso, os cartunistas da Folha, Estela May e João Montanaro, promoveram a exposição “Acepipes” na Quina Mobília, em São Paulo, na semana passada, recebendo diversos convidados.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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