USP Diploma Posthumously 15 Students Killed During Military Dictatorship, Honoring Their Sacrifices for Democracy and Freedom.
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, ressaltou a importância do momento ao destacar que esses jovens foram privados da oportunidade de contribuir para a transformação da sociedade por meio de suas profissões, mas conseguiram impactar profundamente a sociedade com suas ações. O projeto Diplomação da Resistência, do qual essa cerimônia faz parte, tem como propósito homenagear 31 estudantes da universidade que foram vítimas da repressão durante a ditadura.
Paulo Martins, diretor da FFLCH, enfatizou a necessidade de resgatar a memória e a trajetória desses estudantes para promover a reparação de injustiças e afirmar os direitos humanos na sociedade brasileira. A USP, ciente de sua responsabilidade histórica, criou em 2013 a sua própria Comissão da Verdade para esclarecer as violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura militar, que resultaram na morte de diversos alunos, professores e funcionários da universidade.
Entre os homenageados nesta tarde, destacam-se nomes como Frei Tito, Antonio Benetazzo, Helenira Resende de Souza Nazareth, Maria Regina Marcondes Pinto e outros estudantes que tiveram suas vidas interrompidas de forma violenta. As famílias desses estudantes, representadas pela sobrinha-neta de Helenira, Yara Nazareth de Souto Santos, lembraram da importância de manter viva a memória e a luta por justiça.
A cerimônia foi marcada por discursos emocionados e por um sentimento de reconhecimento e respeito àqueles que lutaram pela liberdade e pelos direitos humanos. O Brasil, ao reconhecer essas histórias e esses sacrifícios, reafirma seu compromisso de não esquecer o passado e de construir um futuro baseado na justiça e na democracia.