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O novo tom das respostas políticas em São Paulo
O processo eleitoral em São Paulo tem sido marcado por respostas tímidas e estratégicas dos candidatos à prefeitura. Guilherme Boulos, do PSOL, tem procurado se distanciar da imagem de radical que o acompanha desde a última campanha em 2020. Seu objetivo é construir a reputação de candidato da paz e do amor, buscando não se envolver em polêmicas que possam manchar essa nova imagem. No entanto, é difícil se desvencilhar completamente de rótulos antigos, como o de “mau com voadora no peito”.
Ricardo Nunes, do MDB, também enfrenta dificuldades para responder à altura aos desafios apresentados por Boulos. Faltando-lhe experiência política, ele teme errar na dose e afastar possíveis aliados de segundo turno, além do eleitor que migrou para apoiar o candidato Marçal.
José Luiz Datena, do PSDB, parece mais preocupado com os compromissos partidários do que com embates políticos. Apesar de ter ensaiado uma ofensiva contra o adversário, o fez de maneira preguiçosa em um vídeo gravado no carro, com óculos escuros de características duvidosas. Datena, com sua longa carreira na televisão, preferiu não desperdiçar sua energia e paciência em confrontos desnecessários.
Nesse cenário de indecisão e cautela por parte dos candidatos, Tabata assume um papel de destaque. Com 8% das intenções de voto, a parlamentar decidiu enfrentar Marçal de forma direta, mesmo sendo alvo de ataques por trás. Sua postura destemida e segura chama a atenção em um cenário onde outros preferem não arriscar suas posições políticas.