No cenário político brasileiro, a discussão sobre a Reforma Trabalhista e Sindical ganha destaque. Antes da implementação da Reforma Trabalhista, a ideia de fortalecer os sindicatos e desidratar os elementos corruptos dentro dessas entidades era vista com desdém. Por outro lado, a proposta para enfraquecer as representações dos trabalhadores foi aprovada sem grandes obstáculos.

A mídia desempenhou um papel crucial nesse processo, contribuindo para a demonização dos sindicatos, nivelando os honestos com os corruptos. A falta de espaço para o diálogo se fez evidente, evidenciando uma urgência que culminou na rápida aprovação do texto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, sem modificações significativas.

É importante ressaltar que a legislação trabalhista requer revisões periódicas para se adequar aos novos desafios da sociedade. No entanto, o processo brasileiro não foi caracterizado por um diálogo tripartite entre patrões, empregados e governo, mas sim pela entrega de uma encomenda que beneficiava parte do empresariado em troca de apoio político.

A falta de atenção a categorias vulneráveis, como entregadores e motoristas de aplicativos, demonstra a falha do sistema em prevenir problemas que já eram conhecidos. A Reforma Trabalhista, ao contrário do que se esperava, não trouxe avanços significativos nessa área, priorizando interesses empresariais em detrimento dos trabalhadores.

Analisando a origem da Reforma Trabalhista, percebemos que ela foi pautada por demandas de confederações empresariais e grandes corporações, além de incluir pontos contestados previamente no Tribunal Superior do Trabalho. A partir dessa base, parlamentares e seus financiadores acrescentaram diversas propostas ao texto final, que resultou em algumas mudanças positivas, mas também em retrocessos significativos.