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Investigação da PF aponta indícios de ação criminosa nos incêndios que devastam São Paulo, com suspeita de incendiários já detidos






Investigação da PF aponta para incêndios criminosos em São Paulo

Investigação da PF aponta para incêndios criminosos em São Paulo

A Polícia Federal abriu dois inquéritos neste domingo (25) para investigar suspeita de ação criminosa nos incêndios que afetam o estado de São Paulo. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente Lula (PT), a intensificação dos incêndios no interior paulista em dois dias é um sinal claro de ação humana.

Em reunião em Brasília, o presidente Lula afirmou que a região afetada pelos incêndios é composta por propriedades privadas, canaviais e fazendas, reforçando a suspeita de incêndios criminosos. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, anunciou que todas as delegacias da instituição no interior de São Paulo estão mobilizadas para a investigação.

O governador Tarcísio de Freitas também informou que a Polícia Civil de São Paulo está investigando casos de possíveis incêndios criminosos. Alguns suspeitos já foram presos, como um idoso de 76 anos em São José do Rio Preto e um homem de 41 anos em Batatais. Este último foi flagrado por um morador colocando fogo em uma mata e tinha vídeos de incêndios em seu celular.

Produtores rurais de São Paulo entrevistados compartilham da hipótese de que os incêndios foram criminosos, apontando para uma ação coordenada. De acordo com Almir Torcato, da Canaoeste, a forma como os incêndios começaram indica uma ação humana, apesar das condições climáticas propícias.

A Abag e empresas do setor agrícola, como a Raízen, acreditam que os incêndios são criminosos, gerando um prejuízo de R$ 350 milhões para os produtores de cana-de-açúcar. O Grupo Moreno chegou a oferecer recompensa por informações sobre incêndios criminosos.

No último fim de semana, mais de 2.100 focos de incêndio foram registrados em São Paulo, queimando 59 mil hectares de lavouras. A situação preocupa entidades e empresas do setor agrícola, que buscam investigações rigorosas para punir os responsáveis por esses atos criminosos.


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