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Atendimento oftalmológico de crianças e adolescentes na rede pública retoma níveis pré-pandemia após cinco anos, indica Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Após um período de cinco anos marcado por desafios decorrentes da pandemia de covid-19, o atendimento oftalmológico de crianças e adolescentes na rede pública finalmente retomou os níveis registrados antes da crise sanitária. Segundo dados analisados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o número de consultas oftalmológicas no Sistema Único de Saúde (SUS) para esse público durante os primeiros seis meses de 2024 superou os índices observados no mesmo período de 2019.

De acordo com a entidade, essa recuperação é um indicativo positivo de que a saúde ocular na faixa etária pediátrica, compreendida entre 0 e 19 anos, está sendo retomada após ter sido severamente impactada pela emergência epidemiológica mundial. Espera-se que até o final deste ano, o volume de consultas oftalmológicas para crianças e adolescentes alcance a marca de 2,1 milhões de atendimentos, superando o recorde de 2019.

Os números detalhados serão apresentados durante o 68º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que está programado para ocorrer entre os dias 4 e 7 de setembro em Brasília. A análise dos dados revela que aproximadamente 43% das consultas oftalmológicas realizadas para a população de até 19 anos foram destinadas a crianças menores de 1 ano, totalizando mais de 8 milhões de idas aos consultórios oftalmológicos.

Entretanto, o CBO alerta que a saúde ocular das crianças e dos adolescentes deve ser considerada uma prioridade tanto pelas famílias quanto pelos órgãos públicos, já que problemas de visão não diagnosticados e não tratados podem comprometer o processo de aprendizagem e a socialização. O conselho ressalta que erros de refração não corrigidos são a principal causa de deficiência visual entre crianças brasileiras e destaca a importância da identificação e do tratamento precoce desses casos, visando a prevenção da cegueira infantil.

Em meio a esse cenário, a triagem oftalmológica se destaca como uma ferramenta fundamental para a detecção de doenças e a prevenção da cegueira infantil, além de permitir uma avaliação mais precisa do perfil de erros refrativos na população. Considerando que a idade ideal para essa triagem é até os 6 anos, quando se completa o desenvolvimento visual, a retomada dos níveis de atendimento oftalmológico para crianças e adolescentes representa um avanço significativo na saúde ocular dessa parcela da população.

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