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Viagens pagas pelo governo: ex-senador do Ceará e almirante ligado a Bolsonaro lideram ranking de deslocamentos oficiais




Viagens pagas pelo governo para ex-senador e almirante

Viagens pagas pelo governo para ex-senador e almirante

O ex-senador Inácio Arruda, atual secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social no MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), teve um total de 53 viagens pagas pelo governo com destino ao Ceará. Inácio Arruda, que é natural de Fortaleza e filiado ao PC do B, realizou a maioria dessas viagens a trabalho, com o trecho de ida frequentemente ocorrendo nas quintas-feiras e o retorno nas segundas-feiras.

Das 77 viagens realizadas por Arruda desde o início do governo Lula, o Ceará foi o destino de 2 em cada 3 deslocamentos. O secretário também fez agendas em outros estados, mas é no Ceará que a maioria de suas viagens se concentra. Em uma viagem específica, realizada em 2024, Arruda voou na quinta-feira antes do Carnaval e só retornou no domingo após o feriado, mesmo tendo apenas um compromisso agendado para esse período.

No total, as 77 viagens renderam a Inácio Arruda 156 diárias, totalizando um gasto de R$ 79,3 mil apenas em diárias, somando-se às despesas com passagens que alcançaram R$ 491,7 mil.

Por outro lado, o almirante Flávio Rocha foi quem mais fez viagens pagas pelo governo, totalizando 149 passagens e um custo de R$ 430,6 mil em bilhetes aéreos. Rocha, que ocupava o cargo de assessor do gabinete do comandante da Marinha para assuntos de segurança nuclear e proteção radiológica, acabou sendo pressionado para não assumir a Secretaria de Segurança Nuclear e Qualidade da Marinha.

Esse impasse levou a Marinha a deixar Rocha na função de assessor do comandante, enquanto ele continuava despachando no Rio de Janeiro e viajando entre a capital e Brasília. Do total de 149 passagens, 64 foram entre Brasília e o Rio de Janeiro, seguidas por idas para São Paulo e retornos para a capital brasileira.

No ano passado, Rocha recebeu R$ 43,7 mil em diárias, o que equivale a 129 dias úteis longe de Brasília. Procurado para comentar, o almirante preferiu não se pronunciar.


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