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Neste domingo, Pablo Marçal (PRTB) teve suas redes suspensas pela Justiça Eleitoral, o que levou sua campanha a pedir aos apoiadores que façam transmissões ao vivo para divulgar eventos com a presença do candidato. Durante uma visita a uma comunidade no Jaguaré, zona oeste de São Paulo, o influenciador afirmou com confiança que será presidente.
Após mais de três horas de percurso, a equipe de Marçal orientou os seguidores a fazerem transmissões ao vivo no Instagram para driblar o que chamaram de “censura”. Essa estratégia segue a linha adotada pelo influenciador, que se posiciona como antissistema.
A suspensão das redes sociais de Marçal foi determinada pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, em resposta a uma ação movida pelo PSB, de Tabata Amaral. A decisão ocorreu devido a suspeitas de que o empresário pagava seguidores para promover cortes favoráveis a ele nas plataformas, visando a monetização de trechos de vídeos.
Marçal nega ter remunerado seguidores para essa finalidade, alegando que eles ganham dinheiro utilizando sua imagem por meio das plataformas como TikTok e Youtube. Entretanto, declarações anteriores do influenciador contradizem essa afirmação, pois em uma entrevista de abril ele mencionou um “campeonato de cortes” com premiação em dinheiro aos participantes.
Após a suspensão de suas contas, Marçal criou novos perfis nas redes sociais, alcançando rapidamente 2 milhões de seguidores em um deles. O candidato agradeceu a perseguição que diz sofrer de seus oponentes na corrida pela prefeitura de São Paulo.
Durante sua agenda no Jaguaré, Marçal conversou com moradores e comerciantes, destacando sua amizade com o presidente Jair Bolsonaro. Ele também mencionou que, se necessário, os apoiadores do ex-presidente deverão buscar por um novo líder, sugerindo que ele próprio poderia ocupar esse papel no futuro.
Questionado sobre sua possível participação nas eleições presidenciais de 2026, Marçal negou, mas afirmou ter recebido um “chamado de Deus” e sua certeza de ocupar eventualmente o cargo. Sua equipe entrou com recurso contra a decisão que suspendeu suas redes sociais, demonstrando confiança na reversão da situação.