Após seis dias intensos de combate, a capital francesa se transformou em um verdadeiro campo de batalha, resistindo bravamente às forças alemãs. De acordo com historiadores, os 20 mil soldados nazistas, pouco equipados, não foram capazes de conter a investida. Apenas 167 policiais franceses perderam suas vidas, mesmo diante da ordem de Adolf Hitler ao general Von Choltitz para destruir Paris – uma missão que, no último momento, foi desobedecida.
A vitória foi selada com a chegada das primeiras tropas aliadas às ruas da capital em 24 de agosto. Um dia depois, o general De Gaulle desfilava triunfante na avenida Champs Elysées, aclamado pelo povo.
Este ano, as comemorações ocorrem em um contexto de ascensão da extrema direita na União Europeia e na França, enquanto a Ucrânia enfrenta seu terceiro ano de conflito com a Rússia. Claire Rol-Tanguy, filha do coronel Rol Tanguy, líder das forças francesas em Paris, destacou a importância dessas cerimônias em conexão com o presente, mostrando que a resistência pode levar à vitória, mesmo diante das adversidades.
Além disso, as homenagens são marcadas por apresentações de bandas marciais, músicos e dançarinos, relembrando o clima de Paris em 24 de agosto de 1944, quando os primeiros soldados da 2ª DB alcançaram a cidade.
Homenagem aos republicanos espanhóis
Paris também prestou tributo aos 160 homens da ‘Nove’, a 9ª companhia do regimento em marcha do Chade, em sua maioria republicanos espanhóis, liderados por Leclerc e o capitão Raymond Dronne, que foram os primeiros a adentrar a capital.
