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Embaixada russa acusa autoridades francesas de falta de cooperação no caso de Pavel Durov, fundador do Telegram, detido em Paris.

Neste domingo, a embaixada russa em Paris fez uma grave acusação às autoridades francesas, alegando que elas se recusaram a cooperar com Moscou quanto ao caso de um cidadão russo detido. Segundo a embaixada, eles exigiram explicações para a detenção e solicitaram proteção dos direitos do indivíduo, assim como acesso consular. No entanto, até o momento, as autoridades francesas supostamente recusaram-se a cooperar nesse assunto, conforme relatado pela agência de notícias Ria Novosti.

Pressionado em seu país, Durov deixou a Rússia há 10 anos

Pavel Durov, de forma discreta, revelou em uma entrevista recente que a ideia de lançar mensagens criptografadas surgiu após sofrer pressões de autoridades russas. Ele fundou a VK, uma rede social concorrente do Facebook, utilizada pela oposição russa, mas acabou vendendo a plataforma e deixando o país em 2014, devido à pressão do regime.

Durov tentou se estabelecer em várias cidades ao redor do mundo, como Berlim, Londres, Cingapura e São Francisco, antes de optar por Dubai, elogiando o ambiente de negócios e a “neutralidade” do local. O empresário se mostrou otimista em relação ao Telegram, plataforma com cerca de 900 milhões de usuários mensais, prevendo ultrapassar 1 bilhão de usuários ativos dentro de um ano.

Em Dubai, o Telegram conseguiu se proteger das regras de moderação estatais, em contraponto à pressão que as grandes plataformas sofrem na União Europeia e nos Estados Unidos para eliminarem conteúdos ilegais.

Com grupos de discussão capazes de receber até 200 mil pessoas, o Telegram tem sido alvo de críticas, alegando que possibilita a propagação de informações falsas, conteúdo de ódio, neonazismo, pedofilia, teorias conspiratórias e terrorismo.

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