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Demolições midiáticas na favela: prejuízo dos moradores esquecido sob a máscara eleitoreira do Prefeito no Rio de Janeiro.



Demolições no Parque União

Foto: SEOP

Um caso que tem gerado bastante repercussão na cidade do Rio de Janeiro é a demolição do Condomínio Parque União. Recebi, no dia 25 de agosto, um relato emocionante de uma moradora local que compartilhou sua angústia frente a essa situação.

Ela mencionou que muitas pessoas que investiram suas economias na compra de imóveis no local, como no caso de sua faxineira, estão agora sofrendo as consequências desse ato. Trabalhando sem descanso, com sacrifício, essas pessoas viram seus sonhos ruírem quando as demolições começaram, levando embora não só seus investimentos, mas também suas esperanças.

Essa história não é isolada. Vários moradores de favelas e assessores de vereadores têm compartilhado relatos semelhantes de injustiça e desamparo diante das demolições que vêm ocorrendo na cidade.

No dia 23 de agosto, durante um seminário sobre arte, cultura e poder, a moradora da Maré, Gizele Martins, abordou o tema da luta e resistência das mulheres faveladas diante da atual situação do Rio de Janeiro.

O prefeito tem utilizado essas demolições como um trampolim político, mostrando-se como um combatente do tráfico e das milícias. No entanto, a realidade é que os verdadeiros prejudicados são os moradores, que estão vendo seus esforços e investimentos serem destruídos sem piedade.

Enquanto nas zonas nobres da cidade, obras ilegais são liberadas mediante acordos duvidosos e leis flexíveis, nas favelas, a realidade é outra. O prefeito parece estar focado mais no lucro do que na correta urbanização da cidade.

Essa visão arrecadatória tem gerado uma bagunça urbanística na cidade, transformando a prefeitura em cúmplice da especulação imobiliária, em vez de zelar pelo bem-estar dos cidadãos.

É importante que o Ministério Público e a Defensoria Pública intervenham em defesa dos moradores afetados por essas demolições, garantindo que seus direitos sejam respeitados e que a justiça prevaleça.

O futuro da urbanização do Rio de Janeiro não deveria estar à venda. É preciso repensar as políticas e ações que têm impactado negativamente a vida dos mais vulneráveis, garantindo que todos os cidadãos tenham direito a um lar digno e seguro.

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entrar grupo whatsapp Rio de Janeiro: "pagou, legalizou" para os ricos; perda de anos de economia para os pobres com as demolições midiáticas

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