Governo de Maduro defende reforma eleitoral para proibir candidatura de políticos que não acatem decisões judiciais: impasse na Venezuela

Rodríguez argumentou que é fundamental que os políticos respeitem as decisões do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e que aqueles que descumprirem tais decisões não devem ser autorizados a se candidatar. O presidente Maduro expressou apoio à proposta, afirmando que concorda com a iniciativa de reforçar as leis eleitorais para evitar que indivíduos que desrespeitem as leis e a Constituição participem de processos eleitorais.
Essa proposta surgiu em meio à recusa de parte da oposição em aceitar a sentença judicial que confirmou a vitória de Maduro nas eleições presidenciais. O candidato opositor Edmundo González declarou que “nenhuma sentença deterá a verdade” e acusou o TSJ de agir em favor do governo Maduro.
Além disso, a União Europeia e o México também se manifestaram em relação às eleições na Venezuela. A UE afirmou que não reconhecerá o governo de Maduro caso as atas eleitorais não sejam verificadas, enquanto o presidente mexicano, Manuel López Obrador, declarou que é necessário esperar a divulgação das atas para tomar uma decisão.
A decisão do TSJ de confirmar a vitória de Maduro sem a apresentação das atas eleitorais gerou controvérsia e críticas por parte da oposição e de organismos internacionais. A Corte alegou que o Poder Eleitoral foi vítima de um ataque cibernético, o que causou atraso na divulgação dos resultados. Porém, a falta de transparência e a demora na publicação das atas têm levantado dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral na Venezuela.