Getúlio Vargas e sua influência na história do Brasil

Um dos grandes nomes da cultura tradicional gaúcha, Teixeirinha (1927-1985), imortalizou a música “24 de Agosto” em 1962. Esse clássico reverenciava Getúlio Vargas, também gaúcho, que havia cometido suicídio no mesmo dia em 1954. Os versos da música refletem sobre a conturbada vida política do presidente.

Em meio a debates e produções culturais sobre o tema, como os livros de Rubem Fonseca e Jô Soares, a memória de Getúlio Vargas permanece viva, marcando páginas importantes da história do Brasil.

Getúlio ascendeu ao poder em 1930, através de uma revolução, e governou o país em fases distintas até sua trágica morte. Seu domínio foi marcado por momentos de autoritarismo e, posteriormente, de uma eleição democrática marcante.

A influência de Vargas na vida política e econômica do Brasil ainda ressoa nos dias atuais. Lira Neto, em sua trilogia biográfica sobre o líder gaúcho, destaca como questões como o papel do Estado na economia e a legislação trabalhista ainda são relevantes para entender o Brasil contemporâneo.

Apesar de suas nuances políticas, Getúlio era, segundo o biógrafo, um “anticomunista ferrenho”. Seu período no poder acompanhou mudanças ideológicas da Guerra Fria, mas sua coerência e habilidade em lidar com os meios de comunicação marcam sua imagem.

O suicídio de Getúlio em 24 de agosto de 1954 foi uma resposta a uma crise política intensa, resultado de um atentado e suspeitas de corrupção no governo. Fatores familiares e de honra pessoal também contribuíram para sua decisão dolorosa.

Setenta anos depois, a figura de Getúlio Vargas permanece como um marco na história brasileira, sua vida e legado ainda sendo objeto de estudo e reflexão para compreender os desafios da política e da sociedade contemporâneas.