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Falta de ação do Governo do Congo gera complicação no combate a surtos de doenças e na distribuição de vacinas essenciais

A falta de vacinas no Congo preocupa população e autoridades

A administração do Congo tem sido alvo de críticas devido à demora em solicitar oficialmente à Gavi o fornecimento de vacinas. Enfrentando conflitos e múltiplos surtos de doenças, o governo levou meses para conversar com os governos doadores e apenas recentemente aprovou as duas principais vacinas em seu regulador de medicamentos.

A empresa Bavarian Nordic destacou a urgência na encomenda de vacinas para produção em grande volume ainda este ano, porém, o governo do Congo afirmou que espera receber doações na próxima semana. Contudo, fontes doadoras revelaram à Reuters que não há clareza se isso irá se concretizar, tendo em vista que a agência europeia de preparação para pandemias informou que suas 215 mil doses não chegarão antes de setembro.

As conversas entre a Bavarian Nordic e o Congo estão em andamento para definir os requisitos de pré-embarque visando o armazenamento e manuseio adequados das vacinas, que precisam ser mantidas a -20ºC. A situação é alarmante especialmente no leste do Congo, onde cerca de 750 mil pessoas vivem em campos devido ao conflito armado, incluindo crianças como Sagesse Hakizimana, de sete anos, que foi uma das mais de 100 crianças infectadas por mpox na região de Goma, em Kivu.

Diante do cenário preocupante, a mãe de Sagesse, Elisabeth Furaha, expressou sua angústia com a situação, ressaltando a necessidade urgente de uma vacina para a doença. Mesmo com a chegada das vacinas, há incertezas sobre sua aplicação, já que a vacina da Bavarian Nordic é indicada apenas para adultos, enquanto a vacina KM Biologics, doada pelo governo do Japão, pode ser administrada em crianças, porém com maior complexidade.

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