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Brasil e Colômbia unidos na crise venezuelana: México se afasta da mediação em posição conjunta para transparência no pleito.




Brasil, Colômbia e México na crise venezuelana

Brasil e Colômbia têm atuado de forma conjunta desde o início da crise venezuelana. O México também estava participando das conversas, mas o presidente Andrés Manuel López Obrador decidiu se afastar da mediação.

Desfecho de uma posição comum. Depois da conversa entre os presidentes, representantes dos dois países continuaram as conversas para construção de uma posição comum.

Necessidade de transparência. Segundo apurou o UOL, o Itamaraty tem defendido a necessidade de transparência do pleito venezuelano e pretende divulgar uma nota nos próximos dias. Dez países latino-americanos, EUA, OEA e a União Europeia rejeitaram a decisão do TSJ na sexta-feira (23). A lista inclui os seguintes países: Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

Em comunicado, a Secretaria-Geral da OEA diz que “rejeita categoricamente” a decisão da Câmara Eleitoral da Corte. “Esta Secretaria-Geral reitera que o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] proclamou Maduro de forma precipitada, com base num boletim parcial emitido oralmente, com números que apresentavam impossibilidades matemáticas e sem apresentar os resultados desagregados”.

A OEA fala em “opacidade” do TSJ. “Cujo comportamento tem sido caracterizado pela promoção de teorias da conspiração e pela emissão de anúncios e declarações sem qualquer suporte documental, evitando, a todo o momento, o escrutínio cidadão e a verificação imparcial”.

Validação quase um mês após o pleito, ocorrido em 28 de julho, vem após uma série de denúncias de fraude. O órgão, porém, é comandado por apoiadores do governo chavista, representado por Nicolás Maduro.

Os presidentes do Brasil e da Colômbia têm mantido um diálogo frequente desde o início da crise na Venezuela, buscando encontrar soluções conjuntas para a situação no país vizinho. Inicialmente, o México também participava das conversas, mas optou por se afastar da mediação.

Ao longo das negociações, os representantes dos dois países continuaram se reunindo para construir uma posição comum em relação à crise venezuelana. O Itamaraty, conforme informações apuradas pelo UOL, destacou a importância da transparência no pleito venezuelano e planeja divulgar uma nota nos próximos dias.

Além disso, a OEA e diversos países latino-americanos, juntamente com os Estados Unidos e a União Europeia, rejeitaram a decisão do TSJ em relação à eleição na Venezuela. A opacidade do TSJ foi criticada pela OEA, que apontou comportamentos que dificultam a verificação imparcial dos resultados eleitorais.

A validação dos resultados eleitorais, que ocorreu quase um mês após a votação em 28 de julho, levantou suspeitas de fraude devido ao histórico de apoio do órgão eleitoral venezuelano ao governo chavista de Maduro.


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