Perigos da automedicação em animais de estimação

Um estudo recente revelou que muitos tutores de animais de estimação no Brasil estão optando por medicar seus pets sem a devida orientação veterinária, o que pode representar sérios riscos para a saúde dos animais. A pesquisa, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), entrevistou 1.751 tutores e trouxe dados preocupantes.

De acordo com os resultados, 19% dos entrevistados afirmaram administrar medicamentos em seus animais sem consulta prévia a um veterinário, enquanto 9% buscam informações na internet para lidar com problemas de saúde dos pets. Essa prática, além de ser perigosa, pode mascarar sintomas de doenças mais graves, dificultando o diagnóstico correto e o tratamento adequado.

Mais de 35% dos tutores levam seus animais diretamente ao veterinário em caso de problemas de saúde, enquanto 22% entram em contato com os profissionais para obter orientações. No entanto, ainda há uma parcela significativa (22%) que prefere buscar informações com outros tutores, que muitas vezes não possuem conhecimento técnico na área.

Segundo Gabriela Mura, diretora do Sindan e coordenadora da Comac, é fundamental conscientizar os tutores sobre os perigos da automedicação em animais de estimação. Medicar um animal sem orientação adequada pode ter consequências graves, inclusive fatais. Produtos como anti-inflamatórios e antibióticos, comumente utilizados em humanos, podem causar danos severos à saúde dos pets.

Portanto, é essencial fortalecer o engajamento dos tutores e incentivá-los a sempre procurar a orientação de um veterinário antes de administrar qualquer tipo de medicamento em seus animais de estimação. A saúde e o bem-estar dos pets devem ser prioridade, e a automedicação pode colocar em risco a vida do animal que é considerado parte da família.

Siga o Bom Pra Cachorro no Twitter, Instagram e Facebook