Por Steve Holland
BUELLTON, Califórnia (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, realizou uma série de chamadas telefônicas nesta sexta-feira com os líderes do Catar e do Egito, com o objetivo de pressionar por um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que incluiria a libertação de reféns. Este momento crítico ocorre enquanto negociadores se reúnem no Cairo em uma tentativa de superar os obstáculos restantes.
Uma descrição divulgada pela Casa Branca informou que Biden conversou com o emir do Catar, xeique Tamim bin Hamad Al-Thani, e também com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, para discutir estratégias diplomáticas que possam resultar em um cessar-fogo e um acordo de troca de reféns, como desfecho para a atual crise.
Biden encontra-se em uma semana de férias em um rancho no vale de Santa Ynez, na Califórnia, acompanhando de perto as negociações em andamento. As chamadas telefônicas do presidente norte-americano ocorreram após a Casa Branca classificar as negociações no Cairo como “construtivas”.
Um dos pontos de destaque nas conversas é a exigência de Israel de manter suas forças no corredor “Filadélfia”, localizado entre Egito e a Faixa de Gaza. O porta-voz de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, declarou à imprensa que os debates continuariam na sexta-feira, com a participação do diretor da CIA, Bill Burns, e do enviado dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Brett McGurk, representando Washington.
Kirby acrescentou que os militantes do Hamas deveriam participar das reuniões, que contemplaram negociadores de Israel, EUA, Egito e Catar na quinta-feira, mas nenhum representante do grupo compareceu. “Estamos no Cairo. Eles estão no Cairo. Precisamos que o Hamas participe, para que possamos abordar as questões fundamentais que estão impedindo o avanço. É nisso que estaremos focando nos próximos dias, ao longo do fim de semana”, afirmou Kirby.
Com essa intensa iniciativa diplomática em curso, as esperanças se renovam para uma possível resolução do conflito em Gaza, que tem impactado vidas e comunidades na região. A comunidade internacional aguarda ansiosamente os desdobramentos dessas negociações e a possível concretização de um cessar-fogo duradouro. (Reportagem de Steve Holland e Susan Heavey)
