
A capa do calendário traz uma foto de Jair Bolsonaro sem camisa, exibindo a cicatriz em seu abdômen proveniente do atentado à faca que sofreu em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante a campanha eleitoral de 2018. A imagem escolhida para a capa também foi utilizada pelo ex-presidente em suas redes sociais no dia 30 de junho deste ano, data em que foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tornou-se inelegível por oito anos.
Além disso, o calendário conta com registros de diversos momentos da vida política de Jair Bolsonaro, desde o período em que ele era militar até sua passagem como vereador no Rio de Janeiro e, posteriormente, como deputado federal, culminando em sua chegada à Presidência da República. O deputado Eduardo Bolsonaro enfatizou também a importância de incluir datas relevantes ocorridas durante os quatro anos de mandato do ex-presidente.
Para adquirir o calendário, é possível acessar uma loja virtual que comercializa produtos relacionados a Jair Bolsonaro. A versão de mesa do calendário está disponível por R$ 59,90, com preço promocional de R$ 49,90. Já a versão de parede acompanha o valor de R$ 69,90, no entanto, com o desconto aplicado, o preço é reduzido para R$ 59,90.
O jornal Estadão entrou em contato com o deputado Eduardo Bolsonaro a fim de esclarecer o destino dos recursos obtidos com a venda dos calendários, mas até o momento não obteve resposta. Vale ressaltar que, no dia 27 de julho, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou que Jair Bolsonaro recebeu, por meio de transferências bancárias via Pix, o valor de R$ 17,1 milhões no período entre 1º de janeiro e 4 de julho deste ano. Em junho, apoiadores do ex-presidente realizaram uma vaquinha para ajudá-lo a pagar multas processuais.
É importante destacar que o lançamento do calendário ocorreu em meio a uma operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvo aliados de Jair Bolsonaro. A ação faz parte de uma investigação sobre um esquema de venda ilegal de joias e outros objetos de valor que foram recebidos em viagens oficiais da Presidência. As peças deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram om