Empresário Marçal responde críticas dos Bolsonaro
No centro de uma troca de farpas, Pablo Marçal decidiu retrucar as acusações vindas do clã Bolsonaro. Em uma declaração contundente, o empresário afirmou: “Isso mesmo, presidente. Coloquei 100 mil na sua campanha, te ajudei com os influenciadores, te auxiliei no digital, produzi mais de 800 vídeos para você. Porém, em vez de gratidão, acabei sendo investigado pela Polícia Federal. Se a reciprocidade não existe, seja mais transparente em suas palavras.”
Seguindo o embate, o ex-presidente divulgou um vídeo mencionando Marçal. Na última quinta-feira, Bolsonaro compartilhou em seu canal oficial no WhatsApp, com mais de 1.2 milhão de seguidores, uma coletânea de oito minutos com diversos momentos em que o empresário o critica. Em uma das gravações, Marçal compara Lula (PT) e Bolsonaro, referindo-se a ambos como “farinha do mesmo saco”. Algumas críticas foram proferidas por Marçal enquanto Bolsonaro ocupava a presidência do Brasil.
A escalada das tensões culminou com a frase proferida por Bolsonaro no final do vídeo: “Pablo Marçal, você parou de pensar?” O intuito do presidente é evidenciar uma suposta contradição por parte de Marçal, que criticou Lula por não se posicionar de forma clara no espectro político, mas ao participar da corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, se apresentou como um representante da direita.
Novas acusações surgiram envolvendo aliados de Marçal com o PCC, alvo de críticas por parte dos Bolsonaro. Em uma publicação nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro mencionou uma reportagem do Estadão que aponta membros da campanha do empresário em um possível esquema de troca de carros de luxo por drogas com o PCC. Eduardo alegou que Marçal perdeu a credibilidade ao fazer acusações insinuando o uso de entorpecentes por parte de seus oponentes.
Ainda nas disputas, Michelle Bolsonaro entrou em cena ao comentar uma publicação de Pablo Marçal em junho. A ex-primeira dama gerou repercussão nas redes sociais ao afirmar que Ricardo Nunes (MDB) seria o escolhido para um cargo eletivo nas eleições de outubro.
