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Inquérito revela que tripulação teve tempo para salvar passageiros antes de naufrágio no iate.

CEO do The Italian Sea Group culpa capitão por naufrágio

A tripulação do iate teve tempo de agir com segurança e salvar pessoas. Em entrevista ao Financial Times, Giovanni Costantino, CEO do The Italian Sea Group, afirmou que uma vez constatada a inundação, houve tempo suficiente para retirar os passageiros e colocá-los em botes salva-vidas. Ele também explicou que as imagens da rede de televisão chinesa CCTV, que mostram as luzes do barco se apagando, provavelmente correspondem ao momento em que a água atingiu os painéis elétricos.

Costantino também culpou o capitão do iate, James Cutfield. Para ele, o neozelandês deveria ter trancado tudo, reunido os passageiros em um lugar seguro e seguido protocolos de segurança. O CEO ressaltou que o capitão deveria ter ligado o motor, lançado a âncora, apontado a proa para o vento e baixado a quilha para proporcionar estabilidade, segurança e conforto ao iate.

As circunstâncias do naufrágio ainda não foram divulgadas pelos investigadores. Apesar das declarações de Costantino, as autoridades afirmam que não conseguiram determinar exatamente quando o iate começou a encher de água, se havia escotilhas abertas ou se a tripulação tentou navegar para longe do perigo. A Guarda Costeira italiana destacou que não foram encontrados vazamentos no casco e que o mastro está intacto.

“A tortura durou 16 minutos. O barco não afundou em um minuto… O capitão deveria ter preparado o barco e o colocado em estado de alerta e segurança, assim como o barco [Sir Robert Baden Powell] ancorado a 350 metros de distância, que foi construído em 1957 e respondeu brilhantemente à tempestade. Se manobrado corretamente, o barco teria lidado confortavelmente com a situação.” – Giovanni Costantino, CEO do The Italian Sea Group, ao FT

Buscas continuam

As buscas pelos desaparecidos entraram hoje no 4º dia, com cinco corpos resgatados. Além do bilionário Mike Lynch, foram encontrados os corpos de Jonathan Bloomer, presidente do Morgan Stanley International, sua esposa Judy, do advogado Chris Morvillo e sua esposa Neda. Segundo o jornal Corriere della Sera, ainda falta encontrar o corpo de Hannah Lynch, filha de Mike.

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