IBGE revela taxas de erros no Censo Demográfico 2022: omissões e inclusões indevidas são corrigidas em operação padrão.
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A pesquisadora do IBGE, Juliana de Queiroz, ressaltou que o Censo, assim como qualquer operação estatística, está sujeito a um certo nível de imprecisão devido à sua complexidade. Com uma mão de obra extensa e as particularidades do Brasil em termos de tamanho e território, é natural que ocorram algumas falhas durante o processo.
A análise e correção dos dados inconsistentes são feitas por meio da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE), que revisa uma amostra dos domicílios listados no Censo Demográfico para identificar erros como omissão e inclusão indevida.
Os tipos de erros mais comuns relatados envolvem omissões, como a não identificação de todas as residências em um terreno com múltiplas casas, ou a exclusão de moradores de um domicílio, e inclusões indevidas, como contar um mesmo domicílio duas vezes ou incluir visitantes como moradores.
A taxa de omissão do Censo atingiu 12,2%, enquanto a taxa de inclusão indevida foi de 3,3%, resultando em um erro líquido de cobertura de 8,3%. Os dados ainda revelaram que os municípios com mais de 1 milhão de habitantes foram os mais afetados, apresentando uma taxa de erro de 13,2%.
No que diz respeito aos estados, o Rio de Janeiro registrou a maior taxa de erro, com 15,5%, seguido por Rondônia, Roraima, Amapá e São Paulo. Já a Paraíba, o Piauí e Alagoas apresentaram as menores taxas de correção.
Em relação à faixa etária, os jovens entre 20 e 29 anos foram os mais impactados pelos erros. A partir dos resultados da PPE, será possível ajustar as estimativas populacionais e aprimorar futuras pesquisas realizadas pelo IBGE.