Incêndios na Amazônia preocupam autoridades
O governo informou que atualmente existem aproximadamente 360 frentes de incêndios em atividade no Norte do país, contando com mais de 1,4 mil brigadistas. Desde o início do ano, foram contabilizados mais de 59 mil focos de incêndio na região amazônica, o que representa o pior número desde 2010. Como consequência, a fumaça proveniente das queimadas tem afetado cidades de dez estados, resultando em céu cinza e redução na qualidade do ar.
Segundo dados obtidos pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a concentração de monóxido de carbono se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando também por Peru, Bolívia e Paraguai. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um alerta sobre os cuidados necessários à saúde diante desse cenário.
O Ministério do Meio Ambiente informou que a organização das frentes de combate aos incêndios será realizada nas próximas semanas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), responsável por buscar soluções conjuntas para enfrentar os incêndios florestais.
Esforços conjuntos e combate aos incêndios ilegais
Após reunião com os governadores, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que a maior parte dos focos de incêndio está sendo controlada em áreas de responsabilidade do governo federal, mas que o apoio se estende também para regiões sob responsabilidade dos estados.
“O governo federal é responsável pelas unidades de conservação, terras indígenas e assentamentos. Cerca de 60% dos esforços de combate aos incêndios na Amazônia estão sob nossa responsabilidade. Os outros 40% são de responsabilidade dos estados. Mesmo assim, o governo federal tem atuado em 74% das frentes de incêndio, demonstrando um esforço além das suas obrigações obrigatórias”, afirmou a ministra.
