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Comissão de Anistia reconhece perseguição política a jornalista e poeta Luiz Turiba e oficializa pedido de desculpas e indenização

A Comissão de Anistia reconheceu, de forma unânime, nesta quarta-feira (21), o direito à anistia política do jornalista e poeta Luiz Artur Toribio, conhecido como Luis Turiba. Além disso, oficializou o pedido de desculpas ao profissional e determinou que ele seja indenizado. Os conselheiros da Comissão ressaltaram que Turiba apresentou uma extensa documentação que comprova a perseguição política que sofreu no período de outubro de 1970 a junho de 1987.

Turiba, que foi militante do movimento estudantil e ex-membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), teve sua trajetória acadêmica interrompida na Escola Técnica Nacional Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) e posteriormente foi preso e torturado nas dependências do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), órgão de repressão subordinado ao Exército. Após ser condenado a seis meses de prisão pela Justiça Militar, ele permaneceu sendo monitorado pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) até meados da década de 1980.

Emocionado, Turiba agradeceu a decisão da Comissão de Anistia e afirmou sentir-se justiçado. Ele destacou a importância do pedido de desculpas do Estado brasileiro, que reconhece as violações sofridas durante a ditadura militar. O poeta também recitou um de seus poemas, intitulado “Tortura”, inspirado em sua própria experiência e nas de milhares de outras pessoas que passaram por situações semelhantes.

Durante a sessão, a Comissão de Anistia também indeferiu oito pedidos de anistia e continua reunida em Brasília nesta quinta-feira. A decisão favorável a Turiba representa um passo importante na reparação histórica das vítimas do regime militar no Brasil e reforça a luta pela democracia e pelo Estado de Direito no país.

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