Polícia descobre supostas relações de Coringa com investidores no tráfico de drogas

Após vasculharem o celular de Coringa, a polícia teria encontrado conversas relacionadas aos “supostos investidores no tráfico de drogas”, identificados como Júlio César e Escobar. De acordo com as investigações, a dupla fornecia carros ao Coringa, que os enviava para o Paraná para realizar trocas por drogas — o lucro desse esquema era dividido entre eles.

O UOL apurou que um interlocutor do partido presenciou conversas entre Júlio César e Escobar negociando drogas e carros. Além disso, os dois indivíduos possuíam concessionárias em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.

A investigação evidenciou que a droga não passava pelas mãos da dupla, mas eles tinham conhecimento de que os valores obtidos eram destinados à aquisição de entorpecentes. Segundo a polícia, essa prática garantia um “lucro exorbitante, impossível de ser alcançado através de simples vendas de carros”.

Além disso, foi constatado que um ex-dirigente do PRTB e um aliado mantinham uma casa de prostituição. Segundo apurações do UOL, o estabelecimento sediava atividades ilícitas como a venda de drogas e lavagem de dinheiro, porém atualmente encontra-se fechado.

Escobar e Júlio César negaram ao Estadão qualquer envolvimento com o PCC. A equipe do UOL está tentando localizar a defesa dos acusados. A reportagem também procurou Avalanche e a assessoria de Marçal, porém não obteve resposta até o momento.

Suposto vínculo de Avalanche com o PCC

Um áudio divulgado pela Folha revelou que o presidente nacional do partido de Marçal possui vínculos com o PCC. Nas gravações, Avalanche menciona ter relações com membros da facção criminosa e destaca a influência de um indivíduo solto que seria “a voz abaixo”. A polêmica declaração gerou repercussão e levantou questionamentos sobre a ligação do partido com organizações criminosas.