Empresários e economistas abrem o bolso para apoiar candidatos nas eleições municipais
No cenário político atual, empresários e economistas têm se mobilizado e contribuído financeiramente para as campanhas eleitorais deste ano, visando eleger prefeitos e vereadores alinhados com seus interesses. Figuras como Arminio Fraga, da Gávea Investimentos, e Luis Stuhlberger, da Verde Asset, estão na linha de frente dessas doações, movimentando recursos que antes estavam direcionados para as eleições presidenciais de 2022.
Recentemente, Arminio Fraga fez doações de R$ 50 mil para o candidato à Câmara do Rio de Janeiro, Pedro Duarte, e também destinou R$ 30 mil para a campanha de reeleição do vereador Abidan Henrique da Silva, em Embu das Artes (SP). Abidan, que teve seu mandato cassado anteriormente após denúncias contra a prefeitura, conseguiu retornar ao cargo por meio de uma liminar judicial.
Já Luis Stuhlberger contribuiu com R$ 50 mil para a campanha de Daniel José, do partido Novo e atual suplente a deputado federal.
Outra grande empresária que entrou no cenário das doações foi Luiza Trajano, dona do Magalu, que destinou R$ 50 mil ao diretório do PDT em Ibiraci (MG), cidade próxima a Franca (SP), onde iniciou sua rede varejista. O partido é o mesmo do atual prefeito de Ibiraci, Ismael Candido, que concorre à reeleição.
Beatriz Bracher, irmã de Cândido Bracher, ex-presidente do Itaú, contribuiu com R$ 40 mil para o PT no Rio de Janeiro, após participar de círculos de influência que apoiaram a candidatura de Lula à presidência.
Rubens Menin, dono da CNN e da MRV, distribuiu um total de R$ 700 mil entre candidatos em Minas Gerais, incluindo Fuad Jorge Noman Filho (PSD), postulante à prefeitura de Belo Horizonte.
Além disso, Helio Seibel, do Grupo Ligna, doou R$ 100 mil para a campanha de Pablo Marçal em São Paulo, enquanto Cesar Helou, membro do conselho da Piracanjuba, contribuiu com R$ 100 mil para Eliana Honain, candidata à prefeitura de Araraquara (SP).
Essas doações refletem a influência do setor privado nas campanhas eleitorais e levantam questões sobre transparência e igualdade de oportunidades no processo democrático. A participação ativa de empresários e economistas pode impactar diretamente no resultado das eleições e na representatividade dos eleitos.
Por Diego Felix
