Conselho de Ética se reúne para deliberar sobre cassação de deputado acusado de envolvimento no assassinato de Marielle Franco.

A relatora do caso, deputada Jack Rocha (PT/ES), concluiu seu voto e protocolou o parecer no Conselho na última segunda-feira (19). No entanto, o documento permanece em sigilo e só será divulgado durante a reunião da próxima semana. Rocha foi designada como relatora após outros quatro parlamentares desistirem da função, o que gerou um impasse no processo.
A acusação contra Chiquinho Brazão ganhou força após a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou réus os cinco acusados pelo assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes. A Procuradoria-Geral da República sustenta que Chiquinho e seu irmão Domingos Brazão faziam parte de uma milícia no Rio de Janeiro e teriam planejado a morte da vereadora devido a sua posição contrária a um projeto de regularização de terras.
No entanto, os irmãos Brazão negam veementemente qualquer envolvimento nos crimes. Em uma videoconferência realizada no Conselho de Ética, Chiquinho afirmou ser vítima de acusações infundadas e sugeriu que estaria sendo alvo de um complô para prejudicá-lo.
O processo no Conselho de Ética pode resultar na cassação do mandato de Chiquinho Brazão, que está atualmente preso por obstrução de Justiça. A decisão final caberá à relatora e aos demais membros do colegiado, seguida pela votação no plenário da Câmara dos Deputados. A prisão do parlamentar foi mantida em uma votação anterior, indicando a gravidade das acusações que pesam sobre ele. Este caso continuará sob intensa atenção tanto da mídia quanto da opinião pública nos próximos dias.