Denúncia de negligência em hospital psiquiátrico choca população

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) revelou uma situação alarmante no Hospital Psiquiátrico Santa Mônica, onde quatro pacientes perderam a vida devido à falta de cuidados e à negligência por parte da instituição. Segundo a denúncia, o hospital não priorizava o bem-estar dos pacientes, o que resultou em consequências fatais. A comunidade local ficou perplexa com a gravidade dos acontecimentos.

Após uma série de investigações, o hospital foi fechado em fevereiro deste ano. O Hospital Psiquiátrico Santa Mônica, que era uma referência na região, agora se encontra inoperante, deixando muitas dúvidas no ar sobre o que levou a essa situação extrema.

Por que o hospital foi fechado?

A constatação do MP foi um duro golpe para a instituição, que não respeitava os direitos das pessoas internadas. De acordo com as análises técnicas realizadas, o local não oferecia os serviços de saúde mental necessários. Todos os pacientes remanescentes foram encaminhados para residências terapêuticas, após a constatação de que não estavam sendo tratados adequadamente no hospital.

O Ministério Público ressaltou que o trabalho desenvolvido na unidade era incompatível com o modelo antimanicomial e com as normativas internacionais. A proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais é uma prioridade, visando sua socialização e reintegração à sociedade. A situação no Hospital Psiquiátrico Santa Mônica foi considerada inadmissível pelas autoridades responsáveis.

Em 2014, a unidade possuía 197 pacientes, mas o número foi gradativamente reduzido ao longo dos anos. Com a criação da Força-Tarefa do MPRJ em 2022, a situação se agravou e o fechamento do hospital se tornou inevitável. Um relatório da Organização Mundial da Saúde revelou que muitos pacientes estavam internados há anos, sem perspectiva de melhora em sua condição.

A população aguarda por respostas e espera que a justiça seja feita em relação aos responsáveis pela negligência que resultou na morte dos pacientes. Este caso serve como alerta para a importância de um cuidado adequado e respeitoso com aqueles que necessitam de assistência em instituições de saúde mental.