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Juiz suspende processo contra ex-diretor da PRF suspeito de tentar interferir na eleição presidencial de 2022.

O juiz Rafael Selau Carmona, da 3ª Vara Federal de Florianópolis, tomou uma decisão importante essa semana ao suspender o processo administrativo disciplinar (PAD) que estava em andamento na Controladoria-Geral da União (CGU) contra Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Vasques é suspeito de tentar interferir na eleição presidencial de 2022 enquanto ainda ocupava o cargo de diretor da instituição.

A suspensão do PAD veio após um pedido da defesa de Vasques alegando irregularidades na decisão do ministro-chefe da CGU, Vinícius Marques de Carvalho. Em dezembro, o ministro rejeitou a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com Vasques e ordenou a dissolução da comissão de inquérito que investigava o ex-diretor, argumentando parcialidade na primeira comissão.

A decisão de Carvalho foi motivada pela conclusão da primeira comissão de que as condutas de Vasques durante a campanha eleitoral de 2022 não violaram gravemente as regras da PRF e sugeriu a assinatura de um TAC como solução. No entanto, o juiz Carmona considerou que a conduta dos membros da comissão inicial não sustentava a acusação de parcialidade e determinou a dissolução da nova comissão.

Além disso, o magistrado comunicou sua decisão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator da investigação sobre as condutas de Vasques nas Eleições de 2022. O ex-diretor da PRF já foi indiciado pela Polícia Federal por tentar favorecer o então presidente Jair Bolsonaro durante as eleições.

Vasques e outros quatro policiais foram indiciados por suspeita de tentarem impedir o deslocamento de eleitores no Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022. Após um ano preso preventivamente, Moraes revogou a prisão de Vasques para não atrapalhar as investigações.

Os advogados de Vasques comemoraram a decisão do juiz e destacaram a atuação da Justiça Federal. A Agência Brasil tentou contato com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a CGU para obter posicionamento, mas até o momento não obteve retorno.

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