
BRUXELAS, 20 AGO (ANSA) – O Comitê de Segurança Sanitária da União Europeia (UE) concluiu em reunião na última segunda-feira (19) que a mpox não é uma emergência no continente.
Segundo o porta-voz da instituição, Stefan De Keersmaecker, “ao contrário da pandemia [de Covid-19] que se alastrou pelo mundo a partir de 2020”, desta vez as autoridades “sabem controlar as infecções, e medidas já foram tomadas no combate à transmissão [do vírus mpox]”.
A declaração de não emergência contrasta com a situação na África, que já registra quase 14 mil casos e 450 mortes por mpox. Os países da região têm contado com a ajuda da UE para enfrentar o surto, implementando vacinação em massa e reforçando os controles para conter a propagação do vírus, que se dissemina principalmente por contato físico.
A decisão do Comitê de Segurança Sanitária da UE reflete a confiança das autoridades europeias em lidar com a situação do mpox de forma eficaz e assertiva. Enquanto a pandemia de Covid-19 trouxe desafios inéditos e exigiu medidas urgentes em escala global, a abordagem em relação ao mpox demonstra que lições foram aprendidas e estratégias foram aprimoradas para lidar com eventuais ameaças à saúde pública.
A África, por sua vez, enfrenta um cenário de emergência devido ao mpox, com um número significativo de casos e óbitos. A cooperação com a União Europeia tem sido fundamental para fortalecer a capacidade de resposta dos países africanos e fornecer suporte técnico e logístico para o combate à doença.
É importante ressaltar que a decisão do comitê não significa negligenciar a gravidade da situação na África, mas sim reconhecer a eficácia das medidas adotadas até o momento na União Europeia. O monitoramento constante da evolução da situação e a troca de informações entre os países são essenciais para enfrentar desafios de saúde pública, sejam eles locais ou globais.