
Brasil, Colômbia e México buscam solução negociada para a crise na Venezuela
Até esta segunda-feira, o esforço de Brasil, Colômbia e México para obter uma solução negociada para o caos na Venezuela parecia apenas uma tarefa dura de roer. Ao divulgar uma carta aberta na qual se proclama presidente eleito, Edmundo González, o opositor de Nicolás Maduro, deu aos esforços capitaneados por Lula uma aparência de busca pela quadratura do círculo, eufemismo para tarefa impossível.
A crise venezuelana viajou com Lula para o Chile. Informado sobre os planos do colega brasileiro, o presidente chileno Gabriel Boric, que já disse considerar improvável a autoproclamação de Maduro, preferiu não comentar. Para complicar, veio à luz também nesta segunda-feira uma outra carta. Nela, 30 ex-presidentes de América Latina e Espanha pedem a Lula que reconheça a vitória da oposição na Venezuela.
Ficou boiando na atmosfera uma interrogação incômoda: até quando o Planalto pretende aguardar pelas atas eleitorais que Maduro prometeu divulgar? Quem fará uma inspeção independente do resultado?
As tensões políticas na região aumentam a cada dia, com os países vizinhos se mobilizando para encontrar uma saída pacífica para a crise. A pressão internacional também se intensifica, com diversos líderes pedindo uma transição democrática na Venezuela.
Apesar dos esforços diplomáticos, a situação na Venezuela continua crítica, com a população sofrendo com a falta de alimentos, medicamentos e serviços básicos. A comunidade internacional aguarda ansiosamente por uma solução que traga estabilidade e prosperidade ao país.