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Alerta Epidemiológico: Rio Grande do Sul confirma casos de mpox e reforça vigilância contra nova variante sem vínculo com emergência global.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta epidemiológico após confirmar pelo menos cinco casos de mpox este ano. Embora nenhuma das infecções detectadas no estado esteja relacionada à nova variante identificada no continente africano, que gerou uma emergência global segundo a OMS, a preocupação com a doença é evidente.

A mpox é considerada uma doença de notificação compulsória imediata, o que significa que casos suspeitos devem ser registrados no sistema do Ministério da Saúde em até 24 horas. O diagnóstico laboratorial da doença deve ser feito através da detecção molecular do vírus, utilizando a técnica de qPCR.

Em nota, a Secretaria de Saúde recomenda a coleta de material vesicular e crostas nos casos suspeitos, ou caso não estejam presentes, a coleta de swab de orofaringe, nasofaringe e perianal/genital. A confirmação dos casos pode ser feita por laboratórios privados, desde que sigam as normas da Anvisa. Além disso, todas as amostras positivas detectadas em laboratórios privados devem ser encaminhadas ao Laboratório Central (Lacen-RS) para vigilância genômica.

No contexto nacional, o Ministério da Saúde instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à mpox no Brasil. Desde a primeira emergência decretada em 2022, a vigilância para mpox é considerada prioridade no país. A pasta também iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência, além de negociar a aquisição de 25 mil doses da vacina contra a doença com a Opas.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da vigilância e monitoramento da situação, enfatizando que a vacinação é seletiva e focada em grupos específicos. Até o momento, o Brasil está no nível 1 de emergência global, sem registro de casos da nova variante e com um cenário de normalidade para a mpox. O último óbito registrado no país devido à doença foi em abril de 2023.

De acordo com o ministério, os níveis de emergência variam de acordo com a intensidade da situação, indo do nível 1, o menos alarmante, até o nível 5, uma situação de crise com uma epidemia de mpox instalada no país. Portanto, é fundamental manter a vigilância e adotar medidas preventivas para evitar a disseminação da doença.

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