Ao longo da última semana: Ministro Alexandre de Moraes e o Inquérito das Fake News
No cenário político brasileiro, a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), no âmbito do inquérito das fake news, tem gerado intensos debates nas redes sociais. Uma reportagem publicada na Folha trouxe à tona a ordem de Moraes para produção de relatórios não oficiais contra bolsonaristas, visando embasar suas decisões para as eleições presidenciais de 2022.
A repercussão da reportagem dividiu as redes sociais, com críticas por parte dos bolsonaristas e defesas da atuação do ministro por outros grupos. Na quarta-feira (14), o tema atingiu seu pico de menções nos grupos públicos de WhatsApp analisados pela Palver, com cerca de 1.000 menções a cada 100 mil mensagens trocadas na amostragem.
Parlamentares se manifestaram pedindo o impeachment de Moraes logo após a divulgação da reportagem, dando início a uma petição que circulou nos grupos públicos. Enquanto a esquerda tratou o impeachment com ironia, a direita se engajou fortemente, convocando uma manifestação para 7 de setembro.
O anúncio da decisão da rede social X de fechar seu escritório no Brasil, atribuindo a responsabilidade ao Ministro Moraes, aumentou a pressão nas redes. Elon Musk, dono da plataforma, endossou as críticas e deu visibilidade à manifestação pró-impeachment.
Essa movimentação da direita nas redes sociais em meio às eleições municipais se destaca, apesar da improvável prosperação de um impeachment contra Moraes. Os bolsonaristas apostam na mobilização como estratégia política eleitoral, como visto na tentativa de influenciar a disputa em São Paulo através de postagens e alianças locais.
Em meio a esse cenário, a disputa política e as manifestações nas redes sociais ganham contornos importantes, influenciando o debate público e a estratégia eleitoral de diversos grupos políticos no Brasil.