Marçal domina a cena eleitoral em São Paulo

Os principais adversários de Marçal têm se retirado dos debates eleitorais, sob a alegação de desculpas esfarrapadas. O que todos sabem, no entanto, é que não se trata de um suposto descontrole do candidato, mas sim do controle absoluto que ele exerce sobre a cena eleitoral no município de São Paulo.

No epicentro da eleição municipal, um personagem disruptivo tem levado as outras campanhas ao descontrole. Evitá-lo não parece ser a melhor estratégia. Marçal, ao explorar a presença e a ausência de seus adversários, tem se destacado nas redes sociais, retratando-os como ‘fujões’.

Segundo Josias de Souza, colunista do UOL, é fundamental repensar o formato dos debates, dada a atuação de Marçal nos primeiros encontros com os demais candidatos.

O debate eleitoral, segundo Josias, havia se tornado uma pantomima engessada por regras que o desvirtuaram, transformando-o em um circo. A presença de Marçal trouxe uma explosão de provocação e confusão, chamando a atenção para si e desviando o foco das discussões construtivas sobre a cidade.

Diante desse cenário, questiona-se a validade dos debates eleitorais. O que antes era considerado melhor que nada, agora é motivo de reflexão. Os debates se transformaram em um espetáculo de telecatch, no qual as ideias e os programas dos candidatos são deixados de lado em prol do sensacionalismo.