A Justiça do Rio de Janeiro decide enviar ex-bombeiro para júri popular por envolvimento na morte de Marielle Franco
No dia 19 de julho, a Justiça do Rio de Janeiro tomou uma decisão importante em relação ao caso do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, também conhecido como Suel. Ele foi enviado para júri popular sob a acusação de participar do planejamento da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, em março de 2018.
A prisão de Suel ocorreu em julho do ano passado, com base na delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz. Élcio confessou ter dirigido o carro usado no crime e implicou Suel no fornecimento de um veículo clonado para a ação, além de atuar no descarte do mesmo após o homicídio.
A defesa de Suel afirmou que irá analisar a sentença antes de se manifestar. Durante o interrogatório, o ex-bombeiro negou ter tido contato com o veículo usado no crime e alegou não saber do planejamento para a morte da vereadora, contradizendo o depoimento de Élcio.
O juiz Gustavo Kalil, responsável pela decisão de pronúncia que envia o caso ao júri popular, manteve a prisão preventiva de Suel. O ex-bombeiro também foi citado na delação do ex-PM Ronnie Lessa, que confessou ser o executor do assassinato de Marielle e Anderson.
Lessa afirmou que Suel disponibilizou o veículo para a emboscada, mas alegou que ele não sabia que Marielle seria o alvo. Ele também mencionou a participação de Suel na destruição do veículo após o crime.
Além disso, Suel já havia sido condenado anteriormente por lançar armas no mar, armas estas que eram de propriedade de Lessa. A defesa de Suel tentou usar o depoimento de Lessa para revogar a prisão do ex-bombeiro, porém o pedido foi negado por Kalil.
Com esses novos desdobramentos, o caso ganha mais um capítulo e a sociedade aguarda o desfecho desse processo que chocou o país. O júri popular terá a responsabilidade de julgar o envolvimento de Suel na morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.